Ressureição: Parte 2


A chegada a vento bravo...

A viagem se passa tranquila, a mente de Theyon ainda está fragmentada pela sua morte, ele não recorda direito da situação, mas sabe que deverá ser mandado para Cárcere de vento bravo, mas não importa talvez a comoção pela chegada do destruidor façam as pessoas o “perdoarem”, mas nem mesmo ele se perdoara do que aconteceu e de como o combate aconteceu.Sua espada e armadura haviam sido tomadas antes dele entrar no barco, para segurança dos outros passageiros e ele concordava, ficava sempre vigiado, mas não ligava.Toda a punição era pouca para o que ele havia feito, e ele simplesmente tinha como sumir dali a qualquer momento, mas não queria o fazer, tinha que enfrentar os seus demônios internos, assim talvez aqueles consumidos pela fome do seu machado e sua sede de vingança tivessem enfim um descanso.O barco chega, e o paladino toca o ombro de Theryon.

- Vamos andando... a escolta nos levará até a catedral.

- Não há necessidade de escolta, e nem de irmos à catedral, melhor eu ser logo preso de uma vez.

- Você precisa se arrepender do que fez antes de ser julgado.

- Se você puder salvar aquelas almas, estou disposto a fazer esse sacrifício...

- A escolta nos espera

- Após a catedral, vamos para a sala do Rei Wrynn, ele decidirá pessoalmente o seu destino.

- Vista esse manto, não queremos que as pessoas fiquem assustadas

- Sem problemas, apenas imaginava um dia voltar para cá e ter uma recepção calorosa

- Aquilo que você fez, talvez nunca seja esquecido

- Eu jamais esquecerei, com certeza...

Theryon veste o manto e caminha sob escolta, e sob olhares curiosos apesar da descrição do paladino enquanto o conduz, não é como se conduzisse um prisioneiro, mas sim alguém que precisa de proteção.

- Obrigado...

- Pelo que, cavaleiro da morte?

- Por não mostrar a todos o troféu

- Você não é um troféu, acredite, jamais imaginaria fazer algo assim

As pessoas cochicham enquanto quatro pessoas escoltam um pelos caminhos da cidade, mas ninguém faz muito alarde é apenas alguém com um manto

Ao longe é possível avistar a catedral e na porta dela um pequeno grupo de pessoas

E nesse grupo o que chama atenção é uma mulher que chora sem parar e uma garotinha, que assim que avista o grupo corre em direção a ele gritando

- PAPAI VOCÊ VOLTOU!!!

E chega abraçando o paladino.

- Sim querida, voltei.

- E o homem mal?

- Ele se foi... espero...

O paladino anda com a garota para o meio das pessoas enquanto Theryon e apenas um dos guardas ficam parados tomando conta dele o guarda parece trêmulo.

- Está com medo?

- Nem um pouco, só estou feliz por ver que ao menos um dos meus amigos voltou inteiro para casa.

- Queria dizer, sinto muito, mas não adianta não os trará de volta...

- Como você pôde?

- Eu não sei, eu jamais saberei...

Uma pessoa se aproxima, e pergunta porque eles não estão participando da comemoração.

E quando Theryon vai responder o guarda o interrompe...

- Estou escoltando esse peregrino, ele é importante então não posso o deixar desprotegido

- Certo, responde o cidadão, mas vamos aproveitem que um amigo dado como morto voltou para casa, foi um milagre da luz

- Pode ir eu não preciso fugir, poderia ter o feito dezenas de vezes se quisesse, mas como disse preciso pagar por tudo que fiz...

- Estarei de olho em você, diz o guarda indo para a pequena aglomeração...

Theryon fica sentado num banco olhando para baixo até que houve uma voz feminina

- Foi o senhor, não foi?

- Sim, fui eu...

- Obrigada

- Pelo quê?

- Pôr o trazer de volta...

- Não entendo...

- Ele jamais voltaria para casa, saiu disposto a morrer pela missão dele, e foi o que aconteceu, e você apesar de tudo que falaram o trouxe de volta... Eu sinto sua presença, ela não condiz com um simples peregrino...

- Então você sabia?

- Desde o começo, e estava preparada para matá-lo, mas não sinto o mostro que falaram na minha frente, apenas um vazio, como se não houvesse ninguém sentado aí.

- E realmente não há...

- Em certo tempo houve um cavaleiro da morte agora não sei mais se ele ainda existe

- Não poderei falar sobre isso, cabe a você decidir, Azeroth ainda precisa de pessoas como você lutando, agora eu vou voltar a minha família - Nem deveria ter saído de lá, na verdade… - Concordo, mas tinha que conferir o que ouvi, e verificar se havia necessidade de matá-lo, ou não… - Nesse momento tenho certeza de que não precisarei matá-lo, talvez em outro isso seja necessário - Por enquanto ninguém sabe, só você mesmo poderá dizer… Theryon lembra os momentos em que esteve morto, pensa mais um pouco no que poderia dizer… - Talvez a morte seja libertadora, talvez uma nova prisão eterna... - Quem sabe... Voltarei para meus amigos, sei que você não sairá daí... A mulher volta para a pequena comemoração enquanto Theryon permanece sentado por alguns minutos, ele vê crianças na porta de um orfanato, tira seus anéis as últimas coisas que tinha consigo e entrega a uma senhora que toma conta deles, dizendo para ela que os venda e  que com isso poderá ajudar com o cuidado das crianças, ela o agradece, pergunta o nome da pessoa que fez a doação, e ele diz baixo o nome, e pede para que ela não conte a ninguém quem fez a doação. Quando ele regressa para a praça os soldados estão alerta a sua procura ele se aproxima dos soldados e se senta no mesmo lugar esperando, e após algum tempo o paladino e os soldados o levam para que fale com o Rei Wrynn.
 
- O que você fez? Contávamos com vocês cavaleiros da morte para honrar a aliança em batalha, e você faz aquilo?

- E como voltou depois de tanto tempo?

- Sabe que irá para Stockades e não sairá mais de lá.

Quando o rei ia continuar falando é interrompido, por uma pessoa de manto.

- Deixe isso para depois, a culpa foi do machado, foi forte demais para que ele pudesse seguir, e precisamos dele agora...

- Haddgar? O que você faz aqui?

- A horda de ferro está avançando pelo portal negro, nosso mundo está sendo invadido mais uma vez, precisamos contra-atacar.
- E ele pode ser de grande ajuda, sinto que as dúvidas deles se foram, então ele será uma arma a mais no campo de batalha.

O paladino intervém e concorda com o Haddgar.

- Sim desde que ele me trouxe de volta ele não esboçou nenhuma sombra daquilo que o era, ele parece ter voltado a ser o que sempre deveria ter sido.

O Rei Wrynn então faz de Haddgar responsável por essa escolha.

- Pode levá-lo Haddgar, se ele é uma máquina de combate tão eficiente será útil

- Theryon, providencie armas e armadura e vá a um acampamento na barreira do inferno, lá encontrará o paladino Maraad, e majestade, mande quem puder, não podemos deixar eles invadirem novamente o nosso mudo.

- Não são como antes, são ainda piores...

Então o Rei Wrynn ordena que os cidadãos fisicamente aptos se apresentem a Maraad, ou seja os maiores heróis iriam mais uma vez lutar contra uma horda órquica ainda mais poderosa.

- Partam, agora, mas antes pegue seus equipamentos cavaleiro da morte, agradeça ao Haddgar por estar livre, mas agora vá cumpra a missão de expulsar a horda de ferro daqui, engrosse nossas fileiras assim talvez o que fez não seja mais lembrado que seu heroísmo, contamos com você...

- Chegarei lá em alguns momentos.

Na praia despedaçada Theryon encontra Maraad, que providencia os equipamentos necessários para o combate, que vai avançando fazendo com que a hora de ferro recue portal a dentro, incrivelmente a horda também está aqui, com seu antigo líder Thrall ajudando num plano em  conjunto, uma missão suicida que seria fechar o portal pelo lado de dentro.

Ninguém sabia o que haveria do outro lado, mas seria perigoso e talvez sem volta, quem se voluntariaria para um trabalho assim?
Alguém que não teria nada a perder, como Theryon.
E com essa promessa feita, Theryon avança com um grupo para Draenor, com o objetivo de estabelecer uma base para a aliança e atacar a horda de fero em seus próprios domínios.


Que fez apenas uma solicitação, que Loreena fosse avisada que ele estava bem para que tirasse o peso de sua morte, dos ombros dela.

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