Auryanna, a Luz da Aurora

Um bebê, pequeno demais para se cuidar sozinha, sim, uma menina de nome Anna, tem um irmão, um garoto, que até poderia cuidar dela, mas por ironia do destino ele foi estudar longe, seria uma história tão comum, se não tivesse ocorrido a tragédia.
O ataque havia dizimado sua cidade natal e quase vitimou o seu irmão que com sorte conseguiu tira-la ilesa do lugar, e agora teria que abandoná-la, para poder estudar, ou melhor ser estudado afinal tinha sofrido um dano até então desconhecido, que o faria ir a Dalaran, mas não apenas para estudar, mas sim para ser estudado.

Ficaria sozinha, em um orfanato se, não houvesse uma suspeita de que ela poderia ter sofrido os mesmos danos do irmão, um buraco na alma, então seria melhor mantê-la a vista, para que fosse doutrinada da forma correta, e pudesse seguir o caminho da luz.
Ela se tornaria uma sacerdotisa, ou ao menos era o planejado para ela.

Era...

Ah sim, também para que nunca fosse esquecido do seu irmão, e quem sabe eles pudessem se reencontrar um dia, o seu nome ganhou o prefixo do nome do seu irmão.

E Anna, se tornara Auryanna.

A garota crescera e se tornara independente, independente até demais, estudava mais que deveria, assuntos que não estavam em seu cronograma, copiava livros para poder estudar mais e com isso ela descobriu o que queria.

A jovem seria uma Paladina...

Começou por conta própria a espionar os treinos de paladino e treinar manejo de espadas, até improvisando com um pedaço de madeira uma guarda, para transformar seu cajado em uma espada montante.

Reclamava das aulas chatas, mas foi em uma dessas aulas, mais precisamente uma aula de cura que fez algo inesperado, que a levou a direção em que queria...

Numa aula comum, todos tinham que se concentrar e usar cura para recuperar pequenos animais machucados.

Quando todos o fizeram da forma correta, Auryanna, que sofria na mão dos colegas por ter prendido uma perna de cadeira o cajado para transforma-lo em uma espada, ela simplesmente usou um choque sagrado...

Algo que ninguém havia ensinado a ela...

A professora ficou impressionada, mas a repreendeu e a tirou da aula.

Obvio que isso seria alvo de questionamentos, onde a garota tinha aprendido aquilo...

Sacerdotisa: Onde aprendeu a fazer aquilo?
Auryanna: Li no livro e vi os paladinos treinando
Sacerdotisa: Anda espionando os treinos?
Auryanna: Apenas observando e aprendendo.
Sacerdotisa: Você não vai mais fazer isso, vai continuar as suas lições de sacerdócio.
Auryanna: Não vou, eu serei uma paladina.
Sacerdotisa: Ficará de castigo até mudar de ideia.
Auryanna: Então ficarei aqui para sempre...
Sacerdotisa: Você não será ninguém desse jeito intransigente
Auryanna: Determinada, eu sou determinada, extremamente determinada...

A sacerdotisa sai, deixando a garota em uma sala fechada de onde ela podia ouvir os sacerdotes treinando, mas não a interessava, ela queria ser Paladina, ir para a linha de frente contra o mal, destruir criaturas das trevas com uma espada.

E por mais que tentassem convence-la a vontade dela parecia inquebrantável...

Ela não cedeu...

Semanas se passaram com ela enclausurada, até que a sacerdotisa responsável tomou uma decisão. Já havia combinado com um paladino, que faria uns testes com ela, e se ela perdesse ela teria que se dedicar ao sacerdócio, claro que os resultados já estavam armados para que ela fosse reprovada, nada mais justo de se esperar de uma sacerdotisa de sombra, mas ela ao menos teria uma chance, ínfima, mas teria e se passasse poderia ser uma paladina, como queria.

E assim o paladino se apresentou a ela e disse que ela passaria, pelos testes para se tornar uma paladina.

Vontade
Foco
Resiliência
Determinação

E o teste final de manejo de armas

E assim ela foi avisada, teria um livro para ler, e aprender e se dedicar aos treinos, ela prontamente aceitou.

Entretanto algo parecia estranho, o livro, não se parecia em nada com os livros que ela “pegou emprestado” na biblioteca de Stormwind, estranhou, mas como ela tinha esse destino, ela lia o livro todos os dias, até que um velho senhor, com roupas surradas, vendo a garota compenetrada estudando indagou:

Velho: - Hey mocinha, por que estuda tanto, sempre quando passo aqui perto da igreja a vejo sentada estudando, tão compenetrada.
Auryanna: Estou estudando para ser uma paladina
Velho: Você deseja mesmo isso para você?
Auryanna: É o que eu mais quero!
Velho: É um caminho difícil, você tem que estar disposta a fazer sacrifícios
Auryanna: Eu estou, se for preciso sacrifícios para salvar as pessoas, sim estou disposta a fazer.
Velho: Já é um bom começo...
Velho: Este livro não será o suficiente para você
Auryanna: Como você sabe?
Velho: Até você sabe... E como sei, assim como sei que seu nome é Auryanna, e que chegou aqui graças a um sacrifício de alguém importante.
Auryanna: !!!!!!!!
Velho: E sinto que você está disposta a sacrifícios dessa magnitude, então sim você merece e será uma paladina.
Auryanna: C... Como sabe essas coisas...?
Velho: Apenas sei...
O velho tira uma corrente dourada que prende um livro escondido pelas roupas velhas e surrada
Velho: Eu guardo isso a muito tempo, já não preciso mais dele, então ele é seu. Não se preocupe, você poderá sentir a luz nele, e conseguirá abri-lo.
Auryanna: Puxa, isso é...
Velho: Sim, é um libram e sim eu fui um paladino, a muito tempo atrás
Auryanna: Puxa que incrível, e vai me ajudar?
Velho: Você irá...
Velho: Será pesada, medida, sofrerá, mas tenho certeza que se fará digna deste libram.
Velho: logo você conseguirá abri-lo, e será uma paladina. Agora eu preciso ir.
Auryanna: Hey, você não me disse seu nome...
Velho: O meu nome não é importante, o importante é que todos nós somos um com a luz, uma só ordem, e espero que seja o mesmo, que siga o caminho da luz e quem sabe um dia nos encontremos novamente.
O velho ergue o punho e um corcel aparece vindo de um portal que brilha...
Seus trapos parecem não conseguir esconder o brilho de sua armadura, nem do martelo que está preso na cela do cavalo.
O velho cavalga e desaparece ao longe...

A garota intrigada tenta abrir o livro, e não consegue

Quando ela vê que alguém se aproxima guarda o livro na mochila e vai para seu quarto estudar

O livro não abre por mais que ela tente a trava parece lacrada, e ela não tem muito tempo para ficar tentando, afinal logo os testes se aproximariam

Vontade
Resiliência e Determinação

E o teste final de manejo de armas

Enfim o primeiro teste se aproxima, a garota havia estudado, se dedicado, abordado paladinos na rua, tudo que podia para saber e ser uma paladina, nada a faria mudar, nada...

No teste havia ela e alguns outros garotos e garotas, ela parecia e era a mais nova da turma, os outros já vinham treinando para serem paladinos e ela apenas estudando e treinando por conta própria. Embora tivesse uma ajuda maior que a de todo os outros s o conteúdo do libram que ela podia ler, mas parecia apenas um livro velho que contava uma história, apenas parecia...

O teste de vontade foi iniciado.

Todos tinham que pensar em uma coisa, uma única coisa e um sacerdote tentaria ler as mentes de cada um deles.

E a nota seria determinada pela resposta, quanto mais difícil fosse a descoberta maior o sucesso do paladino.

A sacerdotisa que faria o teste seria a mesma que fez a Aurianna vir para ele, bem conveniente, mas não o suficiente.

E assim ela começou e descobrindo no que cada um pensava ela dizia o paladino confirmava e ela passa ao próximo.

1 minuto foi o máximo que um dos garotos conseguiu durar até a vez da pirralha

“Seu irmão”
“Os livros”
“Ser paladina”

Foram alguns dos chutes, mas todos a garota acenava negativamente com a cabeça, e ela tinha razão, nada fazia com que ela enxergasse o que a garota pensava, nem mesmo os poderes sombrios fortes que a sacerdotisa possuía.

Ela não acreditava no que estava acontecendo, não conseguia ler a mente da garota e nem a controlar para ela facilitar a leitura, estava ali uma paladina? Uma garota de 10 anos nunca teria essa resistência.

E com isso ela passou para o próximo e foi até o ultimo

E a garota foi aprovada com louvor

Sendo cercada pelos outros perguntando como ela tinha feito e no que ela estava pensando

Ela com um sorriso respondeu que pensava no mentor dela e como ele agiria naquela situação

E que era apenas a vontade de ser uma paladina

Isso era o suficiente...

Agora a determinação e a resiliência seriam testadas.

Os aprendizes foram acordados na madrugada e colocados em uma sala escura, com apenas um candelabro no chão para iluminar.

Uma espécie de labirinto.

Todos teriam que procurar uma saída

A dificuldade é que o candelabro é mágico e aquece a medida que alguém o segura
ou seja, eles teriam uma única fonte de luz.

Passariam por “perigos” que simulariam uma situação real de dificuldade como eles poderiam enfrentar se estivessem em batalha.

Trabalhariam como um pelotão agiriam juntos, para conseguir sair daquela situação

O teste começa, algum tempo se passa todos com as mãos doloridas de carregar o candelabro e alguns já tinham sido pegos em armadilhas e retirados do teste

Era complicado pareciam andar em círculos e a luz não parecia ser suficiente

Já estavam cansados para caminhar sem um destino

Até que a chama começara a apagar

Nenhum deles tem condição de segurar o candelabro por mais poucos segundos

Uma sugestão vem e eles atendem de prontidão

Um dos garotos grita para que fiquem lançando o candelabro um para o outros

Rápido o suficiente para não esquenta as mãos

Todos fazem isso, inclusive a Aurianna que mal tinha forças para arremessar o candelabro

Até que um dos garotos já sem condições de segurar e lanças diz uma frase que remete Auryanna ao lugar onde ela estava algumas semanas antes

“A luz está se apagando...”
“Não vamos conseguir prosseguir sem a luz...”

Na memória dela o velho repetia a mesma frase...

“Velho: O meu nome não é importante, o importante é que todos somos um com a luz”

Auryanna: O importante...
Auryanna: É que todos somos um
Auryanna: Com a luz...
Garoto: O que você está falando menina?
Garoto: Acho que ela não está bem...
Auryanna: Está claro...
Auryanna: Obrigado, velho... [sussurrando]
Auryanna: Vamos todos segurar juntos...

Eles olham perplexos para ela, e se questionam...
“Vamos nos queimar”
“Vamos pegar fogo”
“Podemos até mesmo morrer”

Auryanna apenas retruca, somos um com a luz...

E todos repetem a frase e vão segurando o candelabro
E a luz aumenta a tal ponto que eles enxergam o caminho...
E conseguem sair
Todos sofrem um pouco
Sentem dor
Mas juntos eles conseguem aguentar
E são aprovados com louvor.
Isso também os aprova no teste de fé
Sem que eles soubessem era sua fé que estava sendo testada
E quando todos ignoraram tudo e seguiram a luz, mostrada por uma garota sem treinamento, sem forças...
Provaram que são capazes de sacrificar tudo pela luz...

Após mais um sucesso a sacerdotisa, chama o treinador de paladinos para uma conversa

Sacerdotisa: Você não cumpriu o combinado
Treinador de Paladinos: Você disse que a garota não possuía a luz
Sacerdotisa: E não pode possuir
Treinador de Paladinos: Ela já é uma paladina, não há o que fazer!
Sacerdotisa: Você vai reprova-la no manejo de armas
Treinador de Paladinos: ela pode reprovar, mas ela tem o mais importante, a vontade e a fé.
Sacerdotisa: Não importa ela será uma Sacerdotisa
Treinador de Paladinos: Mas até para ser uma sacerdotisa ela precisaria da luz...
Sacerdotisa: Não necessariamente...
Treinador de Paladinos: Do que você está falando...?
Sacerdotisa: Estou atrás do vazio que vi no irmão dela, isso será suficiente para nós...
Treinador de Paladinos: Nós?
Sacerdotisa: Simmmmm... Nós....
Treinador de Paladinos: !!!
Um dobramentes agarra o paladino pelas costas enquanto a sacerdotisa assume sua forma de sombra.
Sacerdotisa: NÓS A QUEREMOS E VOCÊ NÃO VAI NOS IMPEDIR!!!

Ela assume o controle da mente do paladino, para que o treinamento ele siga como ela deseja...

Os testes começam na manhã seguinte.

Todos concordam em deixar a arma mais leve para a garota, afinal ela parece ter menos força para usar algo pesado.

E todos pegam as armas e acaba sobrando apenas um martelo de duas mãos...

Auryanna não entende, por que ela deveria ficar com uma espada, mas sobrou um martelo, e ele era
diferente dos outros parecia mais pesado, preso ao chão...

Nada que a menina fazia era suficiente para move-lo...

Enquanto os outros estavam engajados na “luta” contra os dummies.

Ela estava perplexa por nem conseguir mover o martelo

Um dos garotos voltou para trocar a arma com ela, mas ele também não conseguia mover o martelo

Algo parecia errado, e estava...

O treinador de paladino, havia trocado algumas armas, e esse martelo estava preparado para que nenhum garoto conseguisse o mover, e quando alguém ia o pegar a sacerdotisa mudava os pensamentos fazendo com que o jovem desistisse...

A sacerdotisa começo a falar com a Auryanna

Sacerdotisa: Desista garota, você não tem força, não tem a luz, abrace as... e seja uma sacerdotisa
Auryanna: ...
Sacerdotisa: Eu vejo que tens um grande futuro ela me disse isso
Auryanna: Eu sou uma paladina nunca vou desistir, o treinador disse que todos somos paladinos e nada que você disser me fará mudar...
Sacerdotisa: veja o que ele diz...
Treinador de Paladinos: Você é fraca, não serve para ser uma paladina
Sacerdotisa: Veja o que os outros garotos dizem
Ela controla os de mente mais fraca de dizem em uníssono “você não serve para ser uma paladina”
Mas um deles resiste ao controle...
E diz, não desista todos somos paladinos
E vamos lutar pela luz
Juntos!
Auryanna: Sim... vamos lutar...
Auryanna: Juntos
Ela vê uma aura negra em volta de todos os que falaram
Auryanna: Que sombra é aquela?
Velho: São as forças sombrias, as quais você irá enfrentar, e desde já você já foi posta frente a frente com ela...
Auryanna: Velho, algo está puxando meus pés... eu preciso de ajuda...
Auryanna: E como eu ouço sua voz?
Velho: Você sabe a resposta...
Velho: Somos um com a luz... E de onde estivermos estamos ajudando um ao outro...
Velho: Abra as suas asas garota e afaste as sombras...
Auryanna: Asas?
Auryanna: Eu...
Auryanna: Eu vejo.... Obrigado velho, obrigado...

Enquanto isso em um lugar muito distante...

????????????: Tem certeza de que essa garota chegará até aqui...
Velho: Sim, General, tenho certeza
Velho: Ela sempre lembrará das palavras e um dia trará um exército para reforçar as nossas fileiras...

Sacerdotisa: Você nunca se afastará das sombras pirralha!
Auryanna: Elas podem estar ao meu redor, mas nunca poderão me tocar!
Auryanna: EU TAMBÉM SOU A LUZ!!!!

E com um grito umas asas brilhantes aparecem nas costas da garota que tira o martelo do chão vendo que tentáculos de sombra se escondem após a arma ser levantada...

Todos saem do controle

E o treinador declara que o teste está encerrado...

Os guardas invadem a capela a busca da sacerdotisa, mas ela não está lá...

Apenas uma carta roxa que diz a garota ainda será nossa...

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